segunda-feira, 11 de maio de 2015

Antes das Guerras Secretas...

Lamento pelos leitores de ocasião que só chegaram nesse instante com o lançamento das novas Guerras Secretas, de Jonathan Hickman & Esad Ribic, mas essa, definitivamente, não será uma história que poderá ser julgada pelo seu destino, mas tal como quase tudo, por sua jornada. Caso você se encaixe no perfil desse paraquedista que acabei de citar, fique tranquilo, você não é um caso perdido. Na verdade, Guerras Secretas é o pináculo de uma longa história que, em verdade, não começou a ser contada apenas nas revistas gêmeas Vingadores e Novos Vingadores, mas sim, lá atrás, a partir de Quarteto Fantástico #570–588, 600–611 e Fundação Futuro #1-23.

O acesso de Hickman ao Universo Marvel se deu no ano de 2009 em Guerreiros Secretos e nas duas minisséries que se propunham a contar uma história secreta da S.H.I.E.L.D. Em ambas, sentia que um ás dos roteiros de histórias em quadrinhos estava surgindo, sobretudo quando me flagrava tentando compreender aquela mente analítica e sistemática capaz de engendrar layouts fascinantes como apêndices dos títulos. Pena que os mesmo não foram reproduzidos no Brasil na extinta revista Capitão América & Os Vingadores Secretos

Sem perder o fio da meada: deixe de lado sua voz interior chatinha e birrenta – “ah, eu detesto o Quarteto!” – e faça um favor a si próprio, lendo as edições supracitadas. Foram a partir delas que Hickman começou a trabalhar com as noções intrincadas de incursão planetária via multiverso e, claro, construiu uma dinâmica familiar para a Primeira Família como jamais se viu em toda a trajetória da mesma. Como dica, preste bastante atenção em Destino, Franklin e Valéria Richards. Eles deverão ser cruciais para tudo que ainda está por vir nessas Guerras Secretas.

E se ainda não convenci você a ler o Quarteto de Hickman, sem problemas! É penoso que estará perdendo aquele inspirado conto em que Ben Grimm tem a oportunidade de reverter seu estado rochoso por uma semana ao ano, o que lhe leva a curtir tudo que ele não pode fazer como o Coisa; e, claro, tem também a mais etílica, impagável e surreal história do bromance, Johnny & Pete! 

2 comentários:

doggma disse...

Na falta de adjetivo melhor... fantástico. Joguei tudo pro DC Plus resolver. E que puta imagens insanas essas no final. Delirium tremens em celulose!

Luiz Gustavo de Sá disse...

Dogg, Hickman é diferenciado. Daqueles autores que conseguem eclipsar na cabeça do leitor qualquer fase antecessora ou vindoura de uma série. Seu Quarteto é viciante e extremamente bem escrito, com um apuro no trabalho de coadjuvantes que poucas vezes vi no Universo Marvel.