domingo, 31 de maio de 2015

Tirando do Plástico #2

Atendendo à convocação feito pelo Escapista Luiz, apresento aqui minhas últimas aquisições para esta segunda edição do Tirando do Plástico.




Junto com o Fábulas 20 que resenhei há algumas semanas, recebi num pacote da Liga HQ o sétimo volume de O Inescrito. Minha leitura da série, cujo último volume públicado foi o de número 10 (um crossover com Fábulas que estou louco para ler), está atrasada, devido a um problema que atrasou o lançamento do quarto volume nas praças setorizadas em quase um ano. Agora em junho, devo adquirir os três volumes que me faltam.

Sobre Tommy Taylor e a Guerra de Palavras - Parte 1.5, é um interlúdio com edições especiais que promovem uma pausa na saga de Tom/Tommy, mostrando aparições, em diferentes momentos da história, de Pullman e outros personagens da saga (alguns deles bem mais antigos do que se pensa). Este não é um volume oficial da coleção original, mas lançá-lo foi uma boa iniciativa da Panini - e é sempre bom ver mais capas desenhadas por Yuko Shimizu.




Minha cota de títulos mensais caiu drasticamente. Hoje em dia, só insisto em Batman e Liga da Justiça.

A primeira, porque está numa das melhores fases deste século, com Scott Snyder e Greg Capullo escrevendo seus nomes a ferro e fogo na história do Morcego. O longo Ano Zero foi qualquer coisa de sensacional. A escrita de Francis Manapul e Brian Buccellato em Detective Comics, segunda metade da revista, é digna e não compromete, mas prefiro o Manapul ilustrador ao escritor.

A revista da Liga ainda tem minha simpatia por causa da série principal. Apesar da leveza reinante e da sensação de leitura-pipoca, é divertida e Geoff Johns sempre tem desenhistas decentes ao seu dispor (quem comanda os lápis agora é Doug Mahnke, um de meus favoritos da "segunda divisão"). Liga da Justiça Unida, de Jeff Lemire, carece de brilho. Não é dos momentos mais inspirados de Lemire e tem o genérico Mike McKonne nos desenhos. Aquele tipo de HQ que faz a gente dizer "nhé, legalzinho" e nada mais.




Os especiais desta semana foram Batman Eterno 16 e Fim dos Tempos 1.

A longa (52 edições) bat-saga é bem bacana, apesar de alguns capítulos bisonhos (o que foi aquela edição 11, hein?). A nova dinâmica da relação entre a polícia de Gotham e o Batman, com Jason Bard no lugar do aprisionado Gordon, já teve belos momentos aqui.

Fim dos Tempos, apesar da temática de volta ao passado para mudar o futuro, não parece ter chegado para promover reboot de qualquer tipo. O futuro foi dominado pelo Irmão Olho e o passado ao qual Terry McGinnis volta está cinco anos à frente da atual cronologia. Por isso, ninguém vai dar importância à morte de qualquer herói - e um figurão já bate as botas nesta edição. Comparando ao circo, é como trapézio sem salto triplo e com rede de segurança. Safadinha, essa DC.




Com o fenômeno Vingadores varrendo o planeta pela segunda vez, a Rolling Stone Brasil de maio meteu o Hulk em sua capa - e ficou muito bacana! Agora em tamanho padrão, a RS resistiu às previsões mais pessimistas desde seu lançamento. Segue firme, forte e interessante, enquanto a segunda encarnação da Bizz e a Billboard Brasil já bateram as botas.

Eu já tinha visto Círculo de Fogo duas vezes: uma no cinema (em maravilhoso 3D), outra em blu-ray alugado. Baratinho que estava nas Americanas (R$ 29,90), não resisti a ter o filmaço na prateleira.




Por fim, tirei da caixa e do plástico o aparelho que fez estas fotos, um Moto X. Até a semana passada, eu portava um Moto G que me atendia perfeitamente, mas uma quedinha besta rachou a tela de cima abaixo. Enquanto a sensibilidade não era afetada, usei-o enquanto podia, mas quando passei a perder ligações importantes que não conseguia atender ou sofrer pra digitar qualquer palavra no WhatsApp, tive que correr pra pegar um celular funcional. Estava em promoção e a diferença nas parcelas, em relação ao Moto G, era pequena, por isso o upgrade.

Nota de falecimento: hoje, uma prateleira de meu armário de HQs desabou. Desalojadas, minhas crianças choram. Acho que vou ter que tirar um armário do plástico em breve.

Dogg, passo a bola!

4 comentários:

doggma disse...

Preciso ler O Inescrito!

Ficou bacanuda a capa da Rolling Stone. E nem sabia que a Billboard já tinha ido pro saco. Coisa mais rápida.

Batman McGinnis tá rendendo nas HQs, hm? Ainda não saí do âmbito animado daquele universo.

Parabéns pelo upgrade de celular. Eu continuo evitando isso como se fossem os barris do Donkey Kong.

Rapaz, preciso providenciar urgentemente a reforma agrária das HQs sem teto lá de casa. Com esse pequeno deslizamento aí na sua área, vou ter que repensar a questão da estante de ferro...

Vou reunir a tralha nova e mandar dizer xis.

Do Vale disse...

Inescrito muito bom, Marlo, mas o volume 10 achei encheção de linguiça... Espero tua opinião.

Fábulas como sempre tô lá atrás: parei em Superfábulas. E acho um Bill Willingham um dos roteiristas mais injustiçados do mercado americano, nem um Eisner sequer o cara levou??

Fazer o meu TIRANDO DO PLÁSTICO de maio: Miracleman 5 (finalmente esse material em mãos, li acho que pelo Rapadura), Cavaleiro da Lua: Recomeço 2 (Bendis em forma como eu não via desde Demolidor e Alias), Quarteto Fantástico: Imaginautas (aguardando os próximos volumes... MARK WAID!!), Hellblazer: Infernal 4 e Monster 18.

Aliás, algum de vocês tá comprando Monster?

Marlo de Sousa disse...

DO VALE, sim, Willigham ganhou o Eisner por Fábulas em 2003. "Supergrupo" foi um dos arcos mais fraquinhos (embora ainda seja bem palatável). A coisa volta a melhorar em "Filhotes na Brinquedolândia" e "Branca de Neve".

DOGG, a Billboard dava pistas de que não ia segurar a onda desde sempre - o que foi uma pena, algumas edições saíram realmente muito boas. Quanto à Bizz, teve destino ainda mais triste, tentando uma patética volta como conteúdo exclusivamente online (pago, diga-se) que não passou do primeiro mês. Sendo assim, sucumbiu de novo e não faz falta. (E, sim, você PRECISA ler O Inescrito!)

Abraços!

Luiz Gustavo de Sá disse...

Marlo, antes de tudo, lamento pelo falecido. Já o meu problema é mais clássico: espaço. Nesses dias, projetei uma com lápis que farei o po$$ível para tirar do papel - e dos $onho$.

Quando soube que quem estava a cargo dos roteiros de Inescrito era o Mike Carey, confesso que tive lá minhas reservas. Quando li o primeiro TPB, fiquei muito feliz de ter quebrado a cara. Coisa finíssima, digna, inclusive, de trabalhos acadêmicos. Já tem até colega de mestrado que sinalizou o desejo de usá-lo como objeto de estudo em uma eventual tese de doutoramento.

Você é brasileiro e não desiste nunca, não é? Mix mensal? Só o Miracleman e detestando completamente a experiência.

Um material decente do Senhor McGinnis que gostaria que tivesse saído (ou saísse) por aqui seria esse:

http://www.mycomicshop.com/search?TID=24215745

[Sou fã da arte do Dustin Nguyen. Se fosse cria da Marvel, certamente seria melhor aproveitado que na DC.]

Venho acompanhando essas atualizações do Moto. Um primo comprou um desses e anda bem satisfeito com o aparelho. Está quase na hora de aposentar o meu S3 de guerra.

Do Vale, o meu jornaleiro de Campina reservou um Monster #18 para mim. Creio que essa semana farei $eu resgate.